Muitas vezes, quando um time domina o outro e não consegue vencer, diz-se que o empate teve sabor de derrota. Mas nesta quarta, no caso do Glória, a frase poderia ser modificada: dominado em boa parte do tempo pelo adversário, o time saiu do Estrelão comemorando o 0 a 0 com o Cruzeiro. Um empate com sabor de vitória.
No começo, o Leão da Serra até que deixou uma boa impressão, com as subidas de Thiago Machado ao ataque e a velocidade de Lucas. Mas com Léo Maringá e Rodrigo Couto não se encontrando no meio-campo, o outro Leão, o da Montanha, começou a se impor e a explorar a jogada pelas pontas, principalmente pela esquerda, onde Thiago Machado concedia bons espaços. Então, começou a aparecer o grande nome da partida: Márcio Kessler. O goleiro, que já vinha numa boa tarde, salvou a equipe nos minutos finais da primeira etapa, quando salvou três oportunidade claras para o Cruzeiro.
No segundo tempo, Paulo Porto segurou Thiago Machado, o que deu um pouco mais de consistência à defesa. A um minuto, Lucas escapou pela direita e chutou forte, da entrada da área, com o goleiro espalmando. Mais dez minutos, e seria a vez de Silvano, em lance semelhante, testar novamente o arqueiro. Apesar disso, era o Cruzeiro que mantinha a posse de bola por mais tempo, sempre rondando a área do Glória. Aos 33, Márcio Kessler, talvez atrapalhado pelo sol, deixou uma bola alta escapar, quase na linha de fundo. Ela bateu no poste e ainda sobrou para o ataque do Estrelado, que não teve a competência para definir. Melhor para o Glória.
Time: Márcio Kessler; Thiago Machado, Valdemar (Cirilo), André Alagoano (Jucimar) e Fabrício Tocha (Edimar); Ivanildo, Márcio Souza, Léo Maringá e Rodrigo Couto; Silvano e Lucas. No sábado, ainda a confirmar, o Glória recebe o Lajeadense em Vacaria.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Vitória na única vez no Estrelão
Até hoje, o Glória jogou apenas uma vez no Estrelão, o estádio do Cruzeiro. E não poderia ter ido melhor: vitória por 5 a 2, gols de Borges Neto, Torres, Mineiro (contra) e Douglas (2). A partida, válida pela Segundona, foi disputada em 11 de junho de 2008.
Acompanhei esse jogo. Apesar da goleada (e do golaço de Borges Neto, que abriu o placar), foi uma jornada melancólica: na rodada anterior, o time perdera para o Três Passos em casa e complicara muito sua situação no campeonato. A eliminação viria pouco depois.
Testemunhei um diálogo interessante no intervalo. Com o Leão vencendo fácil, o técnico Jorge Anadon sequer entrou no vestiário. Preferiu ficar junto ao alambrado, conversando com o ex-árbitro Sílvio Oliveira, que assistia à partida. Ao aproximar-se deste, sapecou: “Eu queria jogar apenas fora de casa. Em Vacaria, a torcida não ajuda o time”. Uma velha reclamação...
Acompanhei esse jogo. Apesar da goleada (e do golaço de Borges Neto, que abriu o placar), foi uma jornada melancólica: na rodada anterior, o time perdera para o Três Passos em casa e complicara muito sua situação no campeonato. A eliminação viria pouco depois.
Testemunhei um diálogo interessante no intervalo. Com o Leão vencendo fácil, o técnico Jorge Anadon sequer entrou no vestiário. Preferiu ficar junto ao alambrado, conversando com o ex-árbitro Sílvio Oliveira, que assistia à partida. Ao aproximar-se deste, sapecou: “Eu queria jogar apenas fora de casa. Em Vacaria, a torcida não ajuda o time”. Uma velha reclamação...