terça-feira, 14 de novembro de 2023

Altos da Glória, 50 anos!

Amanhã,  o Grêmio Esportivo Glória completa 67 anos de existência. Mas para além do aniversário do clube, o Leão da Serra também comemora outra data muito especial: há 50 anos, era inaugurado o estádio Altos da Glória.

Aquele 15 de novembro de 1973 significou a conclusão de um longo e perseverante trabalho. A pedra fundamental fora lançada em 1962. A partir de então, onze anos de muita terra e pedra para aplainar o terreno, boa parte dele um banhado. Apesar das dificuldades, aqueles glorianos não conheciam a palavra desânimo. E foi com grande festa e um torneio entre os sócios que a obra foi entregue.

Ao longo desse meio século, o estádio da Avenida Militar passou por muitas transformações. Pouco mais do que um campo de futebol no princípio, o tempo testemunhou a construção de arquibancadas e  coberturas, viu serem erguidas as torres de iluminação e o surgimento de um belo parque aquático anexo que atende à parte social. Assim, o Altos da Glória é um patrimônio em constante evolução e aprimoramento. Mais do que isso, é o nosso lugar no mundo. Nossa casa, nosso chão, nosso lar. Parabéns, velho e querido Altos, pelos seus maravilhosos 50 anos!

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Há 25 anos, o vice da Copa Galego

No dia 13 de dezembro de 1997, o Glória empatava por 1 a 1 com o São Luiz em Vacaria e ficava com o vice-campeonato da Copa Galego, competição de segundo semestre precursora da atual Copa FGF. Foi a primeira final disputada pelo clube na era profissional.

O Glória não começou bem e trocou de técnico ainda na primeira fase (Titi por Alberto Monteiro). Funcionou: o Leão se recuperou na etapa seguinte e garantiu a vaga na final. Na ida, em Ijuí, o time da casa goleou por 4 a 0. Como o saldo de gols não era critério de desempate, bastava uma vitória simples no Altos para levar o jogo à prorrogação e, talvez, aos pênaltis. Tiongo marcou para o Glória, mas o São Luiz também fez o seu e ergueu a taça. A equipe na finalíssima: Magero; Lelo, Pessali, Aguiar e Márcio; Uana (Marcelo Bolacha), Sandro Palharini, Jorginho (Tiongo) e Giovane Melo; Tuto e Lela (Dejai).

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Reminiscências radiofônicas

Lembrar que a antiga Rádio Cidade (que era Esmeralda, virou Cidade e depois voltou a ser Esmeralda) ficava no Centro Liberal me fez recordar que, por vezes, eu assistia ao encerramento da programação e testemunhava o literal “apagar das luzes” da janela do meu quarto. Após o sinal sair do ar, o operador de plantão demorava apenas alguns minutos para desligar a última lâmpada e ir-se embora: o trabalho estava concluído. Passava pouco da meia-noite.

A Rádio Fátima finalizava as transmissões mais cedo, logo após as 23 horas. Sua despedida era inconfundível: ao som de “Boa noite, meu anjo querido", na voz da cantora Giane, a emissora da Moreira Paz desejava uma boa noite aos ouvintes. Depois disso, apenas o ruído da estática disputando o éter com o sinal fugidio de outra rádio, sabe-se lá de onde. Tempos em que o AM era soberano – o FM ainda não chegara a Vacaria, parecia coisa de “cidade grande” – e internet e telefone celular e seus aplicativos soariam como coisas de ficção científica. Reminiscências radiofônicas do já distante século XX...

Appio

Morreu em Porto Alegre na última segunda-feira, dia 31, aos 74 anos, o ex-radialista Idivar Francisco Appio. Ele foi vítima de um AVC. Na década de 1980, pelas rádios Fátima e Esmeralda, narrou boa parte da escalada do Glória até a Primeira Divisão, em 1989. Deixou as transmissões esportivas a partir de 1991, ao assumir como deputado na Assembleia Legislativa do Estado. 

“O rádio é velho, mas a rádio é nova!”

Na década de 1980, atuando pela Fátima, Appio era o grande nome do broadcasting local. Foi por isso que a Esmeralda – que naquele 1988 voltava ao nome original, após alguns anos como Cidade – não poupou para divulgar a sua contratação: veiculou um comercial na RBS TV Caxias. Um luxo, considerando-se que ainda hoje são raros os investimentos vacarienses na mídia televisiva.

Em um cenário quase todo escuro, a não ser por dois spots, que iluminavam um o próprio narrador, sentado, e o outro, uma mesa sobre a qual repousava um antigo rádio capelinha, Appio anunciava ao público seu novo prefixo. E concluía, pousando a mão sobre o aparelho e sorrindo para a câmera: “O rádio é velho, mas a rádio é nova!” Um golaço da Esmeralda, que à época tinha estúdio nos altos do modernoso edifício Centro Liberal, na praça Daltro Filho.

domingo, 16 de outubro de 2022

Ano Cheio

Em matéria de competições, o ano de 2022 foi o mais exaustivo da história do Leão. O clube disputou quatro campeonatos na temporada: Segundona, Recopa Gaúcha, Copa do Brasil e Copa FGF. Contudo, os 25 jogos oficiais deste ano ficaram longe do recorde de 1991, quando o Glória entrou em campo 49 vezes, pela Copa Governador do Estado e pelo Gauchão.

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Há 20 anos, a Batalha de Pelotas

Há 20 anos, em 11 de agosto de 2002, o Glória triunfava em um dos maiores desafios de sua história: a Batalha de Pelotas. Diante de um Bento Freitas lotado pela torcida xavante, o Leão da Serra não se intimidou e empatou com o Brasil por 1 a 1, resultado que garantiu o retorno à Primeira Divisão do futebol gaúcho. A equipe vacariense saiu perdendo com um gol de pênalti aos 52 (!) do segundo tempo, mas aos 54 (!!), Sandro Ventura – que começou no banco de reservas –, cobrando falta, deixou tudo igual e devolveu o clube à elite.

Passadas duas décadas, o feito segue inesquecível para qualquer gloriano que se preze. Porque foi a epítome da superação e da valentia que sonhamos ver sempre em campo. Uma jornada inspiradora. Honra eterna a todos os que protagonizaram esse momento sublime na trajetória do Grêmio Esportivo Glória!

terça-feira, 24 de maio de 2022

Foi bom sonhar

O clima de festa que se formou em Vacaria nos últimos dias deu ao torcedor do Leão a esperança de que o título da Recopa Gaúcha poderia ficar no Altos. Em campo, porém, o que se viu foi a superioridade do Grêmio – mesmo com um time quase todo reserva –, que não teve dificuldade para vencer por 5 a 0 e conquistar seu terceiro título na competição.

Demorou pouco para que o Tricolor assumisse o controle da partida. Aos 7 minutos, aquele que seria o personagem do jogo começou a mostrar seu futebol: Jânderson, que fez jogada pela ponta e cruzou rasteiro para Elkeson completar para o gol.

Depois disso, a primeira etapa prosseguiu sem maior fluência, com muitas faltas. O Glória tentava a jogada aérea nas cobranças de bola parada, mas sem sucesso. Aos 27, Elkeson recebeu passe de Thiago Rosa, invadiu a área gloriana, mas chutou para fora. Aos 43, o lance que começou a definir o jogo: Vítor cometeu pênalti em Jânderson. Kampaz, o aniversariante do dia, cobrou e fez. O Grêmio chegava ao intervalo com uma vantagem confortável, difícil de contornar.

Na volta para a segunda etapa, Alê Menezes mexeu no time, na tentativa já desesperada de reação. Aos 8 minutos, Gabriel Grando espalmou chute de Baggio para escanteio, numa rara conclusão gloriana a gol. Mas a noite era do Grêmio, era de Jânderson, que fez o seu – de bicicleta – aos 17. Cinco minutos depois, ele daria sua segunda assistência na noite, desta vez para o gol de Varela. Ricardinho, aos 35, aproveitando lançamento de Heitor, fecharia o placar e terminaria de vez com o sonho do Leão. Mas foi bom sonhar.

O time do Leão, vice-campeão da Recopa Gaúcha 2022: Samuel; Marcão, Igor Souza, Douglas Zielke e Vítor; Vacaria (Bruno Cruz), Baggio (Felipe Klein), Germano e Matheus Paulista (Franci); Tcharles (Biel) e João Paulo (Rafael Gelatti). Agora, o time volta a se concentrar na disputa da Segundona.

Glória sofre sua maior derrota em casa

Perder não deixava de estar no radar do Glória, mas os 5 a 0 diante do Grêmio passam a ser a maior derrota no Altos em jogos oficiais de toda a sua história. O placar supera o de 5 a 1 para o Internacional, em 1990, pelo Gauchão.

Aplausos, apesar da derrota

Mesmo com a derrota, o torcedor gloriano não deixou de apoiar o time, aplaudindo seus jogadores quando recebiam a medalha de prata pelo vice-campeonato da Recopa.

Placa

 Além das medalhas aos jogadores, o Glória recebeu da FGF uma placa alusiva à participação na competição.

“Vamos subir, Leão!”

Enquanto a premiação prosseguia, na arquibancada o torcedor cantava para o que realmente interessa em 2002: “Vamos subir, Leão!”

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Honra recíproca

O ano de 2022 será marcante para o Glória. Além de disputar pela primeira vez a Copa do Brasil, decidirá a Recopa gaúcha contra o Grêmio. E, eventualmente, defenderá o título da Copa FGF. Sem dúvida, uma data especial na trajetória do clube. Mas não só pelo que veremos dentro de campo.

Após mais de três décadas, Eugênio Marques reassume a presidência. Não que ele andasse afastado: em todo esse tempo, sempre esteve presente, nas mais diversas funções. Mas o fato de ser reconduzido ao posto mais alto em um ano tão singular dá ao momento um significado ainda mais especial. Porque o velho dirigente, por tudo o que representa, une a todos em torno do Glória. E se é verdade que é uma honra para alguém dirigir um clube, o contrário é ainda mais verdadeiro no que se refere ao Leão: para nós, é uma honra ser dirigido por uma figura tão especial quanto o “seu” Eugênio.

 

domingo, 19 de dezembro de 2021

Os 55 dos 55 + 10

Em 2011, quando o clube completou 55 anos, o BloGlória se propôs a fazer uma lista dos atletas que marcaram sua história até então. Dez anos se passaram e muita coisa aconteceu. Por isso, nada mais justo que, decorrido esse tempo, com o Glória comemorando o seu 65º aniversário, essa relação seja acrescida com outros dez nomes.
Como afirmei há uma década, a escolha aqui feita não invalida e nem anula qualquer outra, muito menos pretende ser palavra definitiva. É apenas uma avaliação do autor deste blog, fundamentada até o limite do encontro entre o racional e a paixão do torcedor. Portanto, aos que eventualmente visitam esta página, desejo que este trabalho seja capaz de reavivar boas lembranças, tanto as antigas quanto as mais recentes, aquecendo o coração do torcedor gloriano. Boa leitura!

  

Alê Menezes (Alexandre Fagundes de Menezes) - 2014 a 2016

No melhor momento, Alê Menezes repetiu o fenômeno Sotilli com a 9 do Leão, com uma vantagem: criou uma identificação com o clube que o tornou ainda mais adorado pela torcida. Em 2014, nem desperdiçar um pênalti contra o Brasil-Far (na dramática semifinal do 1º turno) diminuiu seu prestígio. Terminou como goleador da Segundona, mas com o time longe do acesso. Tudo, porém, era apenas uma questão de tempo.

A boa sintonia colaborou para o retorno no ano seguinte. Alê mais uma vez foi fundamental, novamente goleador do Glória em uma temporada que tinha tudo para ser perfeita, não fosse a grave lesão no joelho que o afastou na reta final da Segundona. O que não o impediu de invadir o campo mesmo de muletas e comemorar com seus companheiros a volta do clube à elite, sendo dele a honra de levantar a taça pela conquista. Nada mais justo.

Confirmado no grupo para 2016, Alê Menezes ainda se recuperava e de longe via o time penar no Gauchão. Retornou a quatro rodadas do final e chegou a marcar, o que não bastou para evitar o rebaixamento. Mas seus 24 gols o fazem o quinto maior artilheiro da era profissional e o detentor de uma das melhores médias. Um dos grandes atacantes do futebol gaudério em todos os tempos, marcou época também em Vacaria, onde pendurou as chuteiras. Em 2018, retornou na função de gerente de Futebol, e em 2021, como técnico, levou a equipe ao título da Copa FGF.

  

Brandão (Leonardo Henrique Riboldi Dal Osto) – 2021

Os oito gols de Brandão na Copa FGF de 2021 foram decisivos para o título do Glória. Na temporada, marcou dez, o bastante para fazê-lo o maior artilheiro do clube desde a aposentadoria de Alê Menezes. Um deles, antológico: em Farroupilha, contra o Brasil, quase do círculo central, encobrindo o goleiro, pelas quartas da Copinha. Impossível esquecer!

 

Gustavo Gomes da Silva  2021

A certa altura, Gustavo flertou com a possibilidade de bater recordes históricos no gol do Leão. Não deu. Mas deu para ele ser o capitão do time na conquista da Copa FGF de 2021, erguendo a taça após uma atuação exuberante na finalíssima contra o Novo Hamburgo. Além de várias defesas, foi de um lançamento seu que se originou o gol que garantiu o título ao Glória. E ainda contou com a sorte, ao ver o Noia desperdiçar um pênalti no último lance da partida.

 

Luiz Carlos Vieira Júnior – 2014-2015 e 2018

Para muitos, Luiz Carlos foi o maestro do meio-campo gloriano na sua passagem pelo clube. Em 2014, apesar de seu bom futebol, o Glória não conseguiu voltar à elite. Mas o veterano meia deixou tão boa impressão que foi o primeiro a ser contratado para a temporada 2015. Manteve o nível e o Leão faturou o título, ele como capitão na reta final, mas generoso o bastante para permitir que Alê Menezes erguesse a taça, em um belo gesto.

 

Germano Caon Ferreira - 2012-2016 e 2019

Germano foi o melhor produto da base gloriana em anos. Estreou no time principal em 2012 e com o passar do tempo firmou-se na equipe. Em 2015, quando da conquista da Segundona, titular absoluto e um dos jogadores mais destacados. Fez o gol que garantiu o título, na vitória de 2 a 1 sobre o Guarani-VA.

 

Jajá (Jarbas Jardim Fernandes) - 2012 e 2015

Artilheiro do Glória na temporada de 2012, fez o gol que encerrou um jejum de 24 anos sem vitórias sobre o Brasil nas Castanheiras. Voltou em 2015, como um reserva de luxo para Alê Menezes. De luxo, mesmo: marcou 11 vezes e brigou até o fim pela artilharia da Segundona. Imaginem se ele fosse titular...

 

Tcharles Eduardo Martins Sieg - 2021

Veloz, driblador e goleador: o baixinho Tcharles foi tudo isso na vitoriosa campanha do Glória na Copa FGF de 2021. Quem esquecerá o gol contra o Passo Fundo no Vermelhão da Serra, que garantiu o time na final? E como esquecer o de cobertura sobre o goleiro do Novo Hamburgo, que deu o título ao Leão? Fora ter feito dois na maior goleada do clube, os 8 a 0 sobre o Atlético, em Carazinho. Tcharles parece fadado a gols históricos com a camisa do Glória.

 

Danilo de Almeida Mendes - 2014 a 2016

Danilo Mendes comandou a zaga do Leão na vitoriosa campanha da Segundona 2015. Mas não se limitava a impedir gols: ia à frente e fazia os seus, quase sempre de cabeça. No total, marcou cinco vezes.

 

Felipe Ely Klein – 2015

O Glória vinha de dois empates na fase final da Segundona de 2015. Time desfalcado – Alê Menezes entre as baixas –, gramado do Altos impraticável e o São Gabriel defendendo o empate a todo custo, após sair na frente. Nos acréscimos dos acréscimos, Felipe Klein conseguiu empurrar a bola para o fundo da rede. O Leão recuperava a confiança e arrancava para o título. Graças a Felipe Klein e seu gol, um dos mais fundamentais da história gloriana.

 

Douglas Wilson Barros da Silva - 2008

Quem é dono da melhor média de gols do clube? Sotilli? Alê Menezes? Verdade que não foram muitos jogos – apenas oito –, mas o atacante Douglas pode se orgulhar de marcar um gol por partida com a camisa do Leão. Atuou na equipe em um ano de pouco brilho, pelo que é pouco lembrado. Mas dificilmente será batido.

domingo, 12 de dezembro de 2021

Glória é campeão da Copa FGF!

Em uma jornada inesquecível para torcida vacariense, o Glória foi ao Vale dos Sinos para enfrentar o Novo Hamburgo neste domingo e, com o empate em 1 a 1, assegurou o título da Copa FGF, após vencer o jogo de ida no Altos por 2 a 0. A conquista garantiu o Leão na Copa do Brasil do ano que vem e a disputa da Recopa gaúcha contra o Grêmio.

Precisando reverter a desvantagem do último final de semana, o Noia partiu para cima com tudo. Mas encontrou em Gustavo um goleiro praticamente intransponível. Não contente em fechar a meta, ainda fez um lançamento que pegou a zaga adversária de surpresa e botou Tcharles na cara do gol. O atacante só teve o trabalho de encobrir o goleiro e partir para a comemoração, aos 10 da primeira etapa. O Novo Hamburgo prosseguiu na pressão, mas o Glória soube manter o controle defensivo e foi para o intervalo em vantagem.

No segundo tempo, o NH se jogou de vez ao ataque e já aos 4 minutos conseguiu o empate, com Ruan.  A equipe vacariense acusou o golpe e, muito desgastada pelo calor, passou a praticamente só se defender. Novamente, Gustavo foi decisivo, impedindo a virada do Anilado com uma atuação memorável. Aos 44, a situação ficou ainda mais dramática com a expulsão de Brandão. Com um a menos, o Leão teve um pênalti marcado contra si aos 50, mas Bustamente desperdiçou. Depois disso, o árbitro apitou para terminar a partida e dar início à festa da torcida gloriana presente ao estádio do Vale. Glória, campeão da Copa FGF de 2021!

Treinado pelo cada vez mais legendário Alê Menezes, o time que conquistou a taça: Gustavo; Alex Travassos (Gabriel), Júnior Fell, Xandão e Saldanha; Marcel, Johnnatan e Jéferson; Tcharles (Romário), Brandão e Cristiano Salib (Marcelo Passos).

domingo, 14 de novembro de 2021

Glória, 500 jogos no Altos!

Na véspera de seu 65º aniversário e dos 48 anos de inauguração do seu estádio, o Glória recebeu o Elite na tarde deste domingo, pela Copa FGF. Mas a vitória por 1 a 0 não foi apenas mais uma: afinal, ela consagrou o dia em que o Leão disputou o jogo oficial de número 500 no Altos da Glória na era profissional.

Com o tempo, aquilo que no início não passava de um simples campo viu arquibancadas serem levantadas, torres de iluminação erguidas, coberturas construídas. Durante toda essa trajetória, testemunhou grandes craques, partidas históricas, memoráveis triunfos da equipe. E o principal: foi, é e continuará sendo o endereço da nossa emoção. Nosso lar, nosso palco, nosso chão. Parabéns, Glória, pelos 500 jogos no Altos!

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Glória aplica a maior goleada de sua história

 Ao vencer hoje o Atlético em Carazinho por 8 a 0, em jogo válido pela Copa FGF, o Glória aplicou a maior goleada de sua história na era profissional. A marca superou os 7 a 0 sobre o Cruz Alta, em 2008. Também se trata da maior vitória obtida fora de Vacaria, batendo os 6 a 2 sobre o Taquarianse, em 2001, e sobre o Passo Fundo, em 2008.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Dez anos sem Gasperin



No próximo dia 26, completam-se dez anos da morte de Luiz Carlos Gasperin. O ex-goleiro acabou vencido por um câncer no sistema digestivo aos 57 anos, boa parte deles dedicados ao futebol. Com passagens por grandes clubes, como Grêmio, Internacional e Cruzeiro, foi, contudo, no Glória que sua trajetória no esporte adquiriu um significado especial.

No começo de 1988, Gasperin, consagrado por uma carreira vitoriosa, aceitou com humildade o convite do Leão da Serra para defendê-lo na Segundona. Mais do que a solução para uma posição em que o clube vinha tendo problemas nos anos anteriores, sua chegada ao Altos representou a qualidade e a experiência – nacional e internacional – que o time não possuía. Com ele e seu discreto carisma no gol, a equipe adquiriu a confiança necessária para crescer e vencer uma competição desgastante em todos os aspectos.

Era o retorno triunfal à mesma Vacaria onde havia crescido e iniciado a carreira, ainda como amador, no Brasil. E com que profissionalismo Gasperin se dedicou ao objetivo! A prova está no vídeo da partida contra o Ypiranga, que selou o título da Divisão Especial: ao final do jogo, com a vitória já garantida, o veterano goleiro foi capaz de defender um pênalti e, com arrojo de principiante, impedir o gol no rebote! Por essas e outras, foi carregado em triunfo pela torcida após o apito final, em uma das mais belas imagens da iconografia gloriana.

Depois de ajudar o Glória na histórica campanha no Gauchão de 1989 (4º lugar), Gasperin pendurou as chuteiras. Foi secretário de Cultura e Desportos do município, mas não ficou longe do futebol por muito tempo: voltou como técnico, tendo treinado o Leão em três ocasiões (1991, 1994 e 2003). Também se dedicou ao comércio, mantendo uma papelaria na Curitiba que escolheu para morar e onde, por fim, faleceu.

O aniversário da morte do grande goleiro remete-nos a sublimes momentos. A evocação de seu nome nos leva a um tempo feliz, em que absolutamente tudo parecia estar ao alcance do Glória, e quando era difícil encontrar um torcedor mais orgulhoso do que o vacariense. Devemos muito disso a Gasperin: atleta, treinador, homem público, empreendedor, pai de família. Um homem de bem. No duro campeonato que é a vida, não há título maior do que ser reconhecido como tal.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

A gente não cansa de ver!



Quando o jogo número 1000 surgiu no horizonte das estatísticas, temia que sua importância se dissolvesse em um jogo qualquer da Segundona. Acabou que a milésima partida foi mesmo pela Divisão de Acesso, porém longe de ser uma “qualquer”: uma partida decisiva, de vida ou morte, que pela coincidência parecia feita para a consagração gloriana, mas que infelizmente não teve o desfecho esperado por todos nós. Agora, passado o momento mais agudo da decepção, a coisa ganha outra perspectiva. E a gente deixa de lamentar a derrota e passa a focar no caminho que nos levou a esse momento. Mil jogos! Será que aquele pessoal que entrou em campo para enfrentar o Mundo Novo (quem?), em 1976, vislumbrava uma história que tão longeva assim?

Não tive a felicidade de acompanhar toda essa trajetória. E só eu sei como sinto não ter visto Ferreira, o herói dos heroicos primeiros anos de profissionalismo. Mas tive a graça e a felicidade de testemunhar o carisma e as defesas de Gasperin, o talento ascendente de Edmundo, a energia de zagueiros como Juarez e Marcelo Bolacha, a raça de Xavier, os gols de Zé Cláudio, Sotilli e Alê Menezes, apenas alguns dos mais de 700 atletas que vestiram a camisa do Leão da Serra nessas quatro décadas.
Mas qualquer visão sobre esses mil jogos estaria incompleta se confinada às quatro linhas. Porque não deixei de observar à beira do gramado técnicos como o grande Daltro Menezes, comandante daquele inesquecível time de 1989 – e lá se vão 30 anos! –, quando tudo, absolutamente tudo parecia possível para o Glória! Dos dirigentes, impossível não ver e admirar a abnegação de um Eugênio Marques, a determinação de um Francisco Schio, a paixão de um Décio Camargo.
Vi – “ouvir” talvez fosse o verbo mais preciso – narradores como Francisco Appio e Paulo Silva, “enxergando” o jogo por meio deles sempre que o Leão estava longe de nós, ou nós dele. Nas arquibancas, vi torcidas como a TOG, a Alma Independente e a Ultras, e torcedores como Alexandre Borges de Souza, Bito Rigon e Fábio Martins, para citar apenas alguns – e como gostaria de citar a todos! – que conheci pessoal ou virtualmente, cada um torcendo à sua maneira, mas com o coração repleto desse afeto em azul e branco que preenche nossos corações.
É... Em mil jogos, pode-se ver muita coisa. Mas, por mais que se tente, não se vê tudo. E fica uma saudade danada de tudo o que escapou aos nossos olhos, e de todos os lances que a gente juraria ter visto com esses que a terra há de comer! Mas tudo bem: essa história vai continuar, e novas desenrolar-se-ão (com licença, presidente Temer) diante de nossas vistas. Afinal, quando o assunto é Glória, definitivamente a gente não cansa de ver!

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Frustração multiplicada por 1000



O oito de maio de 2019 poderia ter um significado duplamente histórico para o Glória. Afinal, a chance de voltar à Primeira Divisão na mesma noite em que disputava sua milésima partida oficial parecia realmente um bom presságio, indício de um final feliz para o Leão na semifinal da Divisão de Acesso. Mas o "fazer história" ficou pela metade: no jogo número 1000, precisando de apenas um empate para subir, a equipe não soube administrar a vantagem e perdeu em casa para o Ypiranga por 1 a 0, gol de Jackson. O resultado levou a decisão para os pênaltis, e neles o Canarinho foi mais competente, vencendo por 4 a 2 - Alisson e Marlon não converteram suas cobranças - e garantindo o retorno à elite. Ao torcedor gloriano restou apenas a frustração, multiplicada por mil. Em 2020, o clube permanece na Segundona.
O Glória do jogo número 1000: Vandré; Thiago Machado (Marlon), Júnior Sergipano, Alisson e Germano; Thiago, Théo, Erick (Túlio Renan), Talles Cunha (Judson) e Pablo; Jean Carlos. Técnico: Jair Galvão.

Os 1000 jogos em números



Em 1000 jogos oficiais na era profissional, o Glória venceu 409, empatou 294 e perdeu 297. Marcou 1293 gols e sofreu 1075. Enfrentou 86 adversários; no retrospecto, leva a melhor sobre 50, perde para 24 e mantém igualdade com outros 12,

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Missão cumprida


O Glória cumpriu sua missão em campo e, na mais disputada competição de todos os tempos, conquistou o título da Divisão de Acesso. Modestamente, o BloGlória também cumpriu a sua, procurando informar aquele que é como a gente: o torcedor. E é a ele, que acompanhou pelo blog os detalhes dessa campanha épica, que agradecemos pela companhia. A temporada 2016 vem aí: o ano do retorno ao Gauchão coincide com o 60º aniversário do Leão. Que sejamos capazes de construir um clube mais sólido, pronto para novos e maiores desafios. Que aquelas imagens de júbilo que testemunhamos sejam cada vez mais frequentes. Depende de nós. Um grande abraço em azul e branco a todos, e DÁ-LHE, GLÓRIA!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Altos: muito por fazer


Matéria na edição de ontem de Zero Hora destacou Décio Camargo, presidente do Glória. Entre outras coisas, como a eleição no clube – que deve ocorrer em setembro –, o dirigente falou sobre algumas mudanças necessárias na estrutura do Altos da Glória. Segundo ele, o gramado deveria ser substituído, assim como o sistema de iluminação.

Camargo falou certo, mas não falou tudo: a rigor, o estádio precisaria de uma reforma completa. As cabines para o trabalho da imprensa são poucas e pequenas, e a posição para a câmera de tevê talvez seja a pior entre os clubes do Gauchão. A visão do público é deficiente em boa parte das arquibancadas, com as vigas de sustentação da cobertura atrapalhando bastante. Os banheiros, escassos. A torcida do adversário fica confinada em um canto sem saída, um perigo em caso de confronto. Enfim, fôssemos parar para pensar, haveria muito, mas muito por fazer no Altos. Num mundo ideal, ele viria abaixo para que um novo fosse construído. Mas isso está longe de ser possível.
 
 

O tri de Eugênio Marques


Atual vice de Relações Públicas, Eugênio Marques comemora seu terceiro acesso como dirigente gloriano. Em 1988, era 1º vice-presidente; em 2002, vice de Administração.
 

terça-feira, 7 de julho de 2015

Galvão: “Torcida foi responsável pela vitória”


Campeão da Segundona 2015 pelo Glória, o técnico Jair Galvão concedeu entrevista ao vivo ao programa Esporte & Cia., da Rádio Gaúcha, enquanto participava da festa de confraternização pelo título que avançou pela madrugada desta terça-feira.

O comandante gloriano destacou a qualidade de todas as equipes da competição, especialmente as finalistas. Elogiou a capacidade defensiva do Brasil e os técnicos do Guarani, Fabiano Daitx, e do São Gabriel, Gélson Conte. Para ele, o time da Fronteira foi o adversário mais difícil da fase final, e que as vitórias sobre ele – especialmente a conquistada em Vacaria – foram o grande diferencial para o título. “Gélson Conte é um técnico que sabe falar o que o jogador precisa ouvir”, observou.

Galvão disse que não foi fácil controlar a ansiedade e o nervosismo durante a decisão, pois o título era aguardado há muito tempo em Vacaria. Mas que ficou confiante ao olhar para a arquibancada: “Quando o pessoal do Guarani viu a torcida enlouquecida no estádio lotado, sentiu que a dificuldade seria imensa. O Glória jogou muito no 1º tempo e o Guarani teve a sorte de conseguir o pênalti. Pensamos que tudo poderia se complicar, mas não aconteceu: ao ver que o time poderia ficar fragilizado, a torcida deu sua contribuição, e ela foi a responsável pela vitória”.

Sobre o grupo, afirmou que houve um “respeito mútuo” que facilitou o trabalho. “Eles entraram para a história do clube. Todos devem ser saudados. Com inteligência e dedicação, superamos todas os obstáculos”, comemorou.
 

domingo, 5 de julho de 2015

Aos que resistiram


A conquista do título da Divisão de Acesso pelo Glória encerra um longo ciclo de humilhações à sua torcida. Só mesmo aquele que realmente acompanhou o clube durante todos esses anos sabe do que está se falando. Foi esse torcedor que, nos últimos instantes do clube na primeira divisão, em 2007, viu o time ser atropelado pelo freguês Veranópolis em casa. Foi ele, também, que encarou a dor da profunda decepção de 2009, quando uma equipe que tinha tudo para subir acabou sucumbindo. E esse torcedor suportou também o vexame daquela derrota de virada para o Panambi, em 2012. Mas não há mal que sempre dure, e esse gloriano perseverou. E de perto, de longe ou seguindo a equipe nos périplos pelo Rio Grande, viu a sua esperança se concretizar.
 
Hoje, o estádio lotou, e muitos comemoram, provando que a vitória tem muitos pais. Mas para aquele que não é torcedor de ocasião, e matou no peito tudo o que aconteceu nesses oito anos, o sabor é muito, mas muito mais especial: é ele que, legitimamente, irá para a Moreira Paz, bandeira ao vento e grito de guerra na garganta, desfilar seu orgulho por pertencer ao Leão da Serra. Comemora, comemora muito, torcedor! Tens a fibra dos reais vencedores!

  

* Dedicado a Fábio Martins.  

Eles também participaram


Onze jogadores não ganham nada: para vencer, é preciso contar com um bom grupo. E em um campeonato em que lesões e suspensões são uma constante, o Glória soube montar um grande elenco de apoio. Alguns jogaram pouco, outros nem tiveram a oportunidade de entrar em campo. Mas todos, em um momento ou outro na temporada, contribuíram com seu trabalho para o título. Então, é mais do que justo lembrá-los: Betinho, Cristian, Diego Flores, Rafael Deon, Rafael Lima, Vinícius Chimbica, Carlinhos, Fernando Sena, Ricardo, Andrei e Vandinho. Que ninguém tenha sido esquecido.
 

Guto voltou no finalzinho


A expectativa da torcida vacariense era que a dupla Alê Menezes e Guto repetisse o sucesso do ano passado. Alê manteve o nível, enquanto Guto se viu às voltas com uma lesão que o tirou do time desde o começo da 2ª fase. Voltou ao time na última partida, a tempo de participar da festa do título.
 

Felipe Klein marcou “o” gol


Dia 24 de junho, Vacaria: Glória contra o São Gabriel, o gramado ruim e o desfalque definitivo de Alê Menezes no ataque. Tudo parecia perdido até os descontos da segunda etapa, quando Felipe Klein empurrou a bola para a rede e garantiu a vitória por 2 a 1. O gol, nascido do fundo de nosso desespero, foi a senha para a arrancada gloriana rumo ao título. O gol mais importante. O gol de Felipe Klein.
 

Abu teve participação discreta


Junto com Ronaldinho e Felipe Klein, Júlio Abu foi um dos jogadores que disputaram o Gauchão contratados pelo Glória para a sequência da Segundona. Acabou sendo mais um jogador de grupo, embora tenha começado algumas partidas como titular.
 

Marcelo Rincón foi titular quase até o fim


Marcelo Rincón formava a dupla de volantes com Émerson Dantas no começo do campeonato. Com este fora do time após um acidente, ganhou a companhia de Maiquel. Rincón seguiu tranquilo na equipe até a recuperação de Dantas. Jair Galvão gostou do que viu, preferiu Maiquel e Émerson Dantas à frente da zaga e ele foi para a reserva. Mas não deixou de ser importante por isso.
 

Émerson Dantas superou acidente


O volante Émerson Dantas começou a temporada como titular. Mas um acidente de trânsito após a estreia contra o Santo Ângelo resultou em uma fratura no braço que o tirou da equipe por um longo tempo. Recuperado, reassumiu seu lugar ao final da 2ª fase. Na partida final, contudo, deu lugar a Germano.
 

O dono da 5


O volante Maiquel foi um dos atletas mais regulares de toda a campanha. Mesmo jogando em uma posição em que as suspensões são uma constante, participou de 23 das 28 partidas da equipe. Começou na reserva, mas não demorou a se tornar o dono da 5 do Leão.
 

O nome da discórdia


Ronaldinho, o Ronaldinho Gramadense, chegou a Vacaria após disputar o Gauchão pelo União. Chegou, mas não jogou: o técnico Carlos Moraes manteve Guerra na lateral-esquerda, a despeito das preferências do escalão superior. Demitido, Moraes não perdoou: disse que a diretoria havia relevado um caso de indisciplina do atleta. Coincidência ou não, bastou Jair Galvão assumir para que o jogador passasse a ser escalado no time titular. E foi nele que Ronaldinho concluiu a temporada, marcando de pênalti o gol que abriu a vitória gloriana no jogo do título.
 

Guerra acabou sobrando


O dono da lateral-esquerda do Leão era Guerra. Isso, até Ronaldinho desembarcar no Altos da Glória. Sem querer, viu-se no meio da guerra – sem trocadilho – entre a direção e a comissão técnica pela escalação do recém-chegado. Com Jair Galvão no comando, deixou o time titular aos poucos.

Multitarefa II


Zagueiro, Vagner também foi escalado na lateral-direita e como volante durante a competição. Apesar da versatilidade, não se firmou como titular em nenhuma das três posições. Mas mostrou ser aquele tipo de jogador que tem lugar em qualquer elenco, atuando em 20 das 28 partidas do Leão.
 

Multitarefa


Zagueiro e lateral-esquerdo: Wagner Freitas se revezou nessas duas posições durante boa parte da Segundona. No começo, era mais uma opção, mas com o tempo conquistou seu lugar no time titular.
 

Gil aproveitou a chance


O zagueiro Gil não venha sendo muito aproveitado até o momento da troca do comando técnico. Quando Jair Galvão passou a utilizar três zagueiros, assumiu no time titular e não saiu mais. Fosse qual fosse o esquema.
 

O zagueiro mascarado


Douglas Alemão compôs a dupla de zaga com Danilo Mendes até o jogo contra o Brasil-Far no Altos, em 17 de maio, quando sofreu uma fratura na face. A previsão inicial é de que ele não voltaria à competição, mas um mês depois já estava na ativa, utilizando uma máscara protetora. No decisivo Clássico Serrano da última quarta, atuou à frente da defesa substituindo Maiquel e se saiu muito bem.
 

Danilo Mendes comandou a zaga


Danilo Mendes foi o comandante da zaga gloriana, participando de 21 dos 28 jogos da campanha. E também fez gols: dois. O mais marcante no empate no Clássico Serrano de 8 de junho, em Farroupilha, quando empatou o jogo aos 49 do segundo tempo.
 

Revezamento na lateral-direita


Luiz Felipe e Luiz Fernando se revezaram na lateral-direita do Glória durante boa parte da competição. O primeiro começou como titular, mas uma lesão deu chance para que o segundo assumisse a vaga. E entre lesões, suspensões e opções do técnico, os dois seguiram assim quase até o final da competição, quando Luiz Felipe ganhou em definitivo a camisa 2.
 

Uma revolução no gol


O Glória sempre apostou em goleiros experientes. Em 2015, essa prática foi subvertida com Anderson, 24 anos, e Simão, 22 anos recém-completados. Nem por isso o time saiu perdendo, muito pelo contrário: ambos demonstraram um bom nível. Anderson era homem de confiança de Carlos Moraes e foi titular durante a maior parte do tempo. Mas bastou se ausentar por uma partida – justo quando Jair Galvão assumiu a equipe – para que Simão assumisse a camisa 1 para não largar mais. E o jovem goleiro foi decisivo, especialmente na fase final. Com juventude e competência, revolucionaram a história do gol do Leão.
 

O jovem decano gloriano


Germano foi titular absoluto com Carlos Moraes como técnico. Com Jair Galvão, acabou na reserva em alguns jogos, mas continuou sendo importante e escalado para a partida decisiva. Não deixou por menos: anotou o segundo gol da vitória gloriana sobre o Guarani-VA, coroando uma grande temporada. Aos 21 anos, já é um veterano: defendeu o Glória em 55 jogos oficiais, e é quem mais vestiu a camisa do Leão no atual elenco.
 

O maestro


Muitas das jogadas que terminaram em gol do Glória neste ano passaram pelos pés de Luiz Carlos. O meia já havia passado pela Militar em 2014, e deixou tão boa impressão que foi um dos primeiros a ser confirmados pelo clube para a atual temporada. Mas ele não se limitou às assistências: marcou quatro vezes e finalizou em terceiro na artilharia gloriana.
 

O 12º jogador


Junto com Germano, Jajá foi quem mais atuou na vitoriosa campanha deste ano: 25 participações. Nada mau para quem, com muito profissionalismo, aceitou ser reserva de Alê Menezes sendo também um grande goleador: apesar de começar no banco a maioria das partidas, marcou nove vezes. Foi o 12º jogador da equipe.
 

O artilheiro


Alê Menezes já havia feito história na Militar em 2014 ao ser o artilheiro da Segundona pelo clube. Por opção, segundo ele mesmo confessou, retornou ao Altos da Glória em 2015. Em campo, o veterano atacante apenas confirmou seu futebol e empilhou gols, onze (foram doze, mas...). Na reta final, no jogo contra o Brasil-Far em Vacaria, sofreu uma grave lesão no joelho que o impediu de manter a liderança – acabou ultrapassado por Paulinho, do Guarani-VA. Mas entra para a história do Leão da Serra como um dos maiores jogadores que já passaram pelo clube.
 

Da estreia à decisão, muitas mudanças


Da equipe titular da estreia contra o Santo Ângelo, em 28 de fevereiro, apenas Luiz Felipe, Danilo Mendes, Germano e Luiz Carlos começaram contra o Guarani-VA. Apesar das mudanças, o título veio. Sinal da qualidade do grupo.
 

Um desafio para o futuro


Para 2016, a prioridade do Glória é se manter no Gauchão. Mas o clube precisa encarar o fato de que os regionais estão condenados e, cedo ou tarde, serão extintos. Diante dessa realidade, o desafio será apostar em um projeto de disputa de competições nacionais regulares. Não acho que seja algo impensável: Oeste-SP e Salgueiro-PE são exemplos de times de cidades menores e menos expressivas economicamente do que Vacaria e que há anos disputam as séries B e C do Brasileiro. Por aqui, Ypiranga, Lajeadense e Novo Hamburgo já trabalham de forma a viabilizar a conquista e manutenção de vagas em competições nacionais. É o caminho da sobrevivência.
 

O novo desafio


Vencido o desafio de ser campeão da Segundona, o Glória passa a encarar outro: manter-se na primeira divisão. Assim como neste ano, serão três os rebaixados também na próxima temporada. Felizmente, há bastante tempo para planejar o trabalho. E ele começa com uma avaliação criteriosa do atual grupo de jogadores, para ver quem tem condições de permanecer. Depois, partir para a análise do mercado.
 

Eles não gostaram!


Os glorianos vibram com a vitória do seu time, mas há quem chore: a RBS TV Caxias e Luiz Carlos Reche. A primeira, porque terá, sim, que viajar até Vacaria para cobrir os jogos do Leão; o segundo, porque é um invejoso que sempre tira sarro do clube e da cidade quando tem chance. Sinto muito: vão ter que nos engolir!