sexta-feira, 19 de março de 2010

“Glória-Imperatriz”

Há alguns anos, quando escrevia a respeito do Flamengo que levantava taças mas não a torcida, Renato Maurício Prado, de O Globo, referia-se ao “Fla-Imperatriz”. Comparava o time à Imperatriz Leopoldinense, escola de samba que não incendiava a galera na Sapucaí mas realizava um desfile competente, que ganhava o título.

Não será esse o caso do Glória atual? Detecto um sentimento mais ou menos difuso de insatisfação com o apresentado até aqui. Ao contrário do ano passado, o time não tem a melhor defesa e está longe de ter o ataque mais positivo, embora siga invicto. Quase sempre vence, a duras penas, mas vence. E não tem a mínima vergonha de empatar. Será o “Glória-Imperatriz”?

No ano passado, um futebol quase exuberante para os padrões da Segundona, vitórias seguidas, goleadas frequentes, recordes. Neste, um time esforçado, constante, mas que parece não empolgar. O torcedor do Leão é exigente, só vencer quase nunca basta. Mas o time de 2010 realiza um “desfile” para ganhar, e não necessariamente aplausos. Que esses fiquem com a malfadada equipe de 2009. Estamos todos fartos de Segundona, afinal.

Contratações

Com a perda do meia Léo Maringá, dificilmente o Glória deixará de contratar para a posição. E acho que um atacante também é necessário. Vale lembrar que cada clube da Segundona pode contratar até três atletas “de primeira”, jogadores que disputam a divisão principal dos regionais em todo o Brasil. Pela proximidade, é mais provável que esses reforços venham de equipes que participam do Gauchão. Se vierem, é claro.