Há poucos dias, recebi telefonema do amigo Alexandre Borges de Souza dando conta de que um grupo de torcedores queria reativar o antigo site do clube, mantido por nós dois. Fiquei contente com a iniciativa, ainda mais partindo de gente da comunidade. Isso daria mais proximidade ao dia-a-dia do Glória, em minha opinião a principal deficiência de nosso trabalho e que terminou por condená-lo, pois dependíamos de pessoas que prometiam colaborar e nunca davam essa colaboração numa medida que permitisse manter a qualidade que almejávamos. Gente que faz parte do Conselho, inclusive.
O Alexandre também contou que o pessoal desejava partir do ponto onde havíamos parado. Ou seja: seria reativado o antigo site como ele estava. Para ser franco, não concordo com isso. Creio que fizemos um bom trabalho naqueles três anos, mas com o passar do tempo fomos constatando problemas que nos tornava muito dependentes do suporte técnico, nem sempre prestado na velocidade que seria razoável exigir. Por isso, acredito que seria melhor desenvolver uma nova página, com uma nova formatação e um conteúdo mais enxuto. Quanto ao domínio, problema algum, ele é do clube e continuará sendo.
Imagino que haja gente competente na cidade para fazer isso. Só lamento que no meio de algumas boas intenções também haja pessoas que queiram ganhar com isso. Sempre há. Recordo o caso que aconteceu há alguns anos. Uma prestadora de serviços de informática e afins de Vacaria procurou gente da direção para assumir a página do clube, mediante remuneração. Qual não foi a surpresa deles ao saber que o trabalho realizado por mim e pelo Alexandre (e por colaboradores como o Fabiano, do estúdio O Retrato, que ajudou o quanto deu) era gratuito! Depois disso, o assunto morreu...
Espero que não seja esse o caso dos rapazes que querem trabalhar pelo Leão da Serra. Não concordo que gente que se diz torcedora do Leão aproveite para fazer negócios em benefício próprio. O Grêmio Esportivo Glória foi construído graças à abnegação de seus dirigentes e torcedores, histórica sintetizada na figura do ex-presidente Eugênio Marques. Se o trabalho for nesses parâmetros, apoio e colaboro com todo o prazer. Do contrário, acho melhor o clube profissionalizar de vez o serviço e cobrar resultados de quem o executa.
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