Bagé e a “censura”

Há uns dois meses, escrevi no mural de um site artigo sobre a contratação do Bagé. Para minha surpresa, o texto foi deletado. Nele não havia ofensas pessoais, e reconhecia que era uma boa aquisição para o clube. Infelizmente, não tenho o texto para reproduzi-lo na íntegra.
Em linhas gerais, eu dizia o seguinte: nos dias após a vitória sobre o Inter no Beira-Rio, Bagé declarou a uma rádio que estava preparado para dirigir um clube da dupla Gre-Nal. O momento era delicado, principalmente o do Muricy, que estava sob a ameaça de eliminação do Gauchão exatamente pelo Glória. Mas veio o jogo em Vacaria,o Colorado venceu e desabou nosso sonho de ir à final. Disse que Bagé tinha todo o direito de cobiçar um time maior para treinar, mas que fora infeliz ao dar declarações como aquela na véspera de um jogo tão importante.
A seguir, eu fazia um resumo da carreira do Ronaldo Rangel. Ao sair do Glória, assumiu o Caxias. Não conseguiu trabalhar bem, saiu no meio da Série B do Brasileirão e o Grená acabou rebaixado. Mais adiante, em 2007, pegou o Remo em um péssimo momento e não teve jeito: outro rebaixamento. Mas a diretoria reconheceu seu trabalho e manteve o Bagé em 2008, pelo menos durante algum tempo. Em seguida, estava preparando o Icasa-CE para a Série C quando aceitou uma proposta do Santa Cruz. A opção não foi muito feliz: os cearenses se garantiram na Terceirona para 2009, enquanto o Santa vai disputar a Série D, pois não conseguiu se qualificar.Basicamente, foi o que eu escrevi.
Reafirmo ser um bom técnico, e suas declarações sobre o Glória sempre são de reconhecimento. O Glória precisa do Bagé e ele do Leão, ambos procuram reabilitação. Talvez o tempo tenha ensinado a ele algumas coisas, e o técnico de 2005 não seja o mesmo de 2009. Para o bem do clube, assim espero. Assim como espero que este texto não provoque mais “dodói” em certos grupos em Vacaria.