Estádio Eugênio Marques

Há algum tempo, um cronista esportivo da cidade, falecido em 2008, recebeu uma homenagem: seu nome passou a designar uma das cabines de rádio do Altos da Glória. Uma boa iniciativa, mas gostaria mesmo é que as pessoas recebessem esse tipo de consideração em vida. Também são válidas homenagens post mortem, mas por que não fazemos um agrado em vida àqueles que tanto trabalham em benefício do clube?
O estádio da Avenida Militar ainda não tem nome: o “Altos da Glória”, embora consagrado, não é oficial. Se é assim, creio que é hora de batizá-lo, pois em 15 de novembro último completou 35 anos de fundação. E na minha opinião, ninguém melhor para receber essa homenagem do que o ex-presidente Eugênio Andrade Marques!
Pode-se pode argumentar que Adão Vargas foi o líder dos primeiros tempos, que Luiz Jacques Manozzo inaugurou o estádio e que Francisco Schio levou o clube a uma outra dimensão. Mas creio que nenhum deles têm dois quesitos que reputo fundamentais e que sobram no meu candidato: continuidade e unanimidade. Vargas foi importante no começo, mas não recordo de feitos de importância com o passar do tempo. Manozzo seria um nome forte, mas desapareceu prematuramente. Schio tem continuidade, mas não acredito que tenha um lugar no coração de todos. Seu Eugênio tem.
Sei que o assunto é delicado, mas ouso dar o pontapé inicial. Meu veículo não tem a força de outros na comunidade, mas acredito na causa porque nela vejo justiça. Na sua modéstia habitual, talvez o seu Eugênio nem goste que seu nome seja envolvido, mas o que posso fazer? Falar nele é falar no Glória! Então, que sua obra seja eternizada no nome do estádio. E que ele esteja presente para receber a homenagem. Fica a sugestão para que algum conselheiro sensível leve a ideia para a apreciação de seus pares.