No dia 21 de abril de 2005, o Glória jogou pela última vez no Edmundo Feix, o estádio do Guarani-VA. Como era feriado, o Alexandre Borges de Souza convidou para irmos a Venâncio e acompanhar a partida in loco. Foi o a mais longa viagem que fizemos durante nossa fase no site.
O jogo era pela Copa Emídio Perondi, e o Glória ia mal na competição, que definiria os rebaixados. Acossado por lesões, suspensões e pela saída de alguns jogadores, o técnico Bagé tinha apenas 14 atletas à disposição. Com tantos problemas, não era de se esperar outra coisa: vitória do Guarani por 3 a 1. Iberê marcou para o Leão.
Logicamente, a torcida local não queria nem saber dos problemas do Glória e tratou de tripudiar. O Gasolina era um dos mais visados, e chamado de “Gasolina Adulterada”. Bagé também ouviu poucas e boas, tanto que, quando solicitado a dar uma entrevista dentro do campo, veio com uma vontade... Mas acabou concordando e falou pela última vez como técnico do clube: pouco depois, era confirmada sua ida para o Caxias.
No retorno, como não poderia deixar de ser, muito desânimo de nossa parte. O Alexandre resmungava, como de hábito: “Fazer uma viagem dessas para ver o time perder... E ainda por cima ter que aguentar aqueles chinelões da torcida... Um nem dente tinha, deu vontade de responder: ‘Vai botar uma chapa nessa boca, seu relaxado!’” Para mim, foi o que salvou aquele dia: hilário, hilário...
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