terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Há 25 anos, o vice da Copa Galego

No dia 13 de dezembro de 1997, o Glória empatava por 1 a 1 com o São Luiz em Vacaria e ficava com o vice-campeonato da Copa Galego, competição de segundo semestre precursora da atual Copa FGF. Foi a primeira final disputada pelo clube na era profissional.

O Glória não começou bem e trocou de técnico ainda na primeira fase (Titi por Alberto Monteiro). Funcionou: o Leão se recuperou na etapa seguinte e garantiu a vaga na final. Na ida, em Ijuí, o time da casa goleou por 4 a 0. Como o saldo de gols não era critério de desempate, bastava uma vitória simples no Altos para levar o jogo à prorrogação e, talvez, aos pênaltis. Tiongo marcou para o Glória, mas o São Luiz também fez o seu e ergueu a taça. A equipe na finalíssima: Magero; Lelo, Pessali, Aguiar e Márcio; Uana (Marcelo Bolacha), Sandro Palharini, Jorginho (Tiongo) e Giovane Melo; Tuto e Lela (Dejai).

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Reminiscências radiofônicas

Lembrar que a antiga Rádio Cidade (que era Esmeralda, virou Cidade e depois voltou a ser Esmeralda) ficava no Centro Liberal me fez recordar que, por vezes, eu assistia ao encerramento da programação e testemunhava o literal “apagar das luzes” da janela do meu quarto. Após o sinal sair do ar, o operador de plantão demorava apenas alguns minutos para desligar a última lâmpada e ir-se embora: o trabalho estava concluído. Passava pouco da meia-noite.

A Rádio Fátima finalizava as transmissões mais cedo, logo após as 23 horas. Sua despedida era inconfundível: ao som de “Boa noite, meu anjo querido", na voz da cantora Giane, a emissora da Moreira Paz desejava uma boa noite aos ouvintes. Depois disso, apenas o ruído da estática disputando o éter com o sinal fugidio de outra rádio, sabe-se lá de onde. Tempos em que o AM era soberano – o FM ainda não chegara a Vacaria, parecia coisa de “cidade grande” – e internet e telefone celular e seus aplicativos soariam como coisas de ficção científica. Reminiscências radiofônicas do já distante século XX...

Appio

Morreu em Porto Alegre na última segunda-feira, dia 31, aos 74 anos, o ex-radialista Idivar Francisco Appio. Ele foi vítima de um AVC. Na década de 1980, pelas rádios Fátima e Esmeralda, narrou boa parte da escalada do Glória até a Primeira Divisão, em 1989. Deixou as transmissões esportivas a partir de 1991, ao assumir como deputado na Assembleia Legislativa do Estado. 

“O rádio é velho, mas a rádio é nova!”

Na década de 1980, atuando pela Fátima, Appio era o grande nome do broadcasting local. Foi por isso que a Esmeralda – que naquele 1988 voltava ao nome original, após alguns anos como Cidade – não poupou para divulgar a sua contratação: veiculou um comercial na RBS TV Caxias. Um luxo, considerando-se que ainda hoje são raros os investimentos vacarienses na mídia televisiva.

Em um cenário quase todo escuro, a não ser por dois spots, que iluminavam um o próprio narrador, sentado, e o outro, uma mesa sobre a qual repousava um antigo rádio capelinha, Appio anunciava ao público seu novo prefixo. E concluía, pousando a mão sobre o aparelho e sorrindo para a câmera: “O rádio é velho, mas a rádio é nova!” Um golaço da Esmeralda, que à época tinha estúdio nos altos do modernoso edifício Centro Liberal, na praça Daltro Filho.

domingo, 16 de outubro de 2022

Ano Cheio

Em matéria de competições, o ano de 2022 foi o mais exaustivo da história do Leão. O clube disputou quatro campeonatos na temporada: Segundona, Recopa Gaúcha, Copa do Brasil e Copa FGF. Contudo, os 25 jogos oficiais deste ano ficaram longe do recorde de 1991, quando o Glória entrou em campo 49 vezes, pela Copa Governador do Estado e pelo Gauchão.

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Há 20 anos, a Batalha de Pelotas

Há 20 anos, em 11 de agosto de 2002, o Glória triunfava em um dos maiores desafios de sua história: a Batalha de Pelotas. Diante de um Bento Freitas lotado pela torcida xavante, o Leão da Serra não se intimidou e empatou com o Brasil por 1 a 1, resultado que garantiu o retorno à Primeira Divisão do futebol gaúcho. A equipe vacariense saiu perdendo com um gol de pênalti aos 52 (!) do segundo tempo, mas aos 54 (!!), Sandro Ventura – que começou no banco de reservas –, cobrando falta, deixou tudo igual e devolveu o clube à elite.

Passadas duas décadas, o feito segue inesquecível para qualquer gloriano que se preze. Porque foi a epítome da superação e da valentia que sonhamos ver sempre em campo. Uma jornada inspiradora. Honra eterna a todos os que protagonizaram esse momento sublime na trajetória do Grêmio Esportivo Glória!

terça-feira, 24 de maio de 2022

Foi bom sonhar

O clima de festa que se formou em Vacaria nos últimos dias deu ao torcedor do Leão a esperança de que o título da Recopa Gaúcha poderia ficar no Altos. Em campo, porém, o que se viu foi a superioridade do Grêmio – mesmo com um time quase todo reserva –, que não teve dificuldade para vencer por 5 a 0 e conquistar seu terceiro título na competição.

Demorou pouco para que o Tricolor assumisse o controle da partida. Aos 7 minutos, aquele que seria o personagem do jogo começou a mostrar seu futebol: Jânderson, que fez jogada pela ponta e cruzou rasteiro para Elkeson completar para o gol.

Depois disso, a primeira etapa prosseguiu sem maior fluência, com muitas faltas. O Glória tentava a jogada aérea nas cobranças de bola parada, mas sem sucesso. Aos 27, Elkeson recebeu passe de Thiago Rosa, invadiu a área gloriana, mas chutou para fora. Aos 43, o lance que começou a definir o jogo: Vítor cometeu pênalti em Jânderson. Kampaz, o aniversariante do dia, cobrou e fez. O Grêmio chegava ao intervalo com uma vantagem confortável, difícil de contornar.

Na volta para a segunda etapa, Alê Menezes mexeu no time, na tentativa já desesperada de reação. Aos 8 minutos, Gabriel Grando espalmou chute de Baggio para escanteio, numa rara conclusão gloriana a gol. Mas a noite era do Grêmio, era de Jânderson, que fez o seu – de bicicleta – aos 17. Cinco minutos depois, ele daria sua segunda assistência na noite, desta vez para o gol de Varela. Ricardinho, aos 35, aproveitando lançamento de Heitor, fecharia o placar e terminaria de vez com o sonho do Leão. Mas foi bom sonhar.

O time do Leão, vice-campeão da Recopa Gaúcha 2022: Samuel; Marcão, Igor Souza, Douglas Zielke e Vítor; Vacaria (Bruno Cruz), Baggio (Felipe Klein), Germano e Matheus Paulista (Franci); Tcharles (Biel) e João Paulo (Rafael Gelatti). Agora, o time volta a se concentrar na disputa da Segundona.

Glória sofre sua maior derrota em casa

Perder não deixava de estar no radar do Glória, mas os 5 a 0 diante do Grêmio passam a ser a maior derrota no Altos em jogos oficiais de toda a sua história. O placar supera o de 5 a 1 para o Internacional, em 1990, pelo Gauchão.

Aplausos, apesar da derrota

Mesmo com a derrota, o torcedor gloriano não deixou de apoiar o time, aplaudindo seus jogadores quando recebiam a medalha de prata pelo vice-campeonato da Recopa.

Placa

 Além das medalhas aos jogadores, o Glória recebeu da FGF uma placa alusiva à participação na competição.

“Vamos subir, Leão!”

Enquanto a premiação prosseguia, na arquibancada o torcedor cantava para o que realmente interessa em 2002: “Vamos subir, Leão!”

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Honra recíproca

O ano de 2022 será marcante para o Glória. Além de disputar pela primeira vez a Copa do Brasil, decidirá a Recopa gaúcha contra o Grêmio. E, eventualmente, defenderá o título da Copa FGF. Sem dúvida, uma data especial na trajetória do clube. Mas não só pelo que veremos dentro de campo.

Após mais de três décadas, Eugênio Marques reassume a presidência. Não que ele andasse afastado: em todo esse tempo, sempre esteve presente, nas mais diversas funções. Mas o fato de ser reconduzido ao posto mais alto em um ano tão singular dá ao momento um significado ainda mais especial. Porque o velho dirigente, por tudo o que representa, une a todos em torno do Glória. E se é verdade que é uma honra para alguém dirigir um clube, o contrário é ainda mais verdadeiro no que se refere ao Leão: para nós, é uma honra ser dirigido por uma figura tão especial quanto o “seu” Eugênio.