terça-feira, 29 de novembro de 2011
Sugestão
Sugiro aos glorianos que acessem o Peleia FC e leiam a respeito da movimentação dos clubes da Chave 2 – a chave do Leão – para a Segundona 2012. E que cada um tire suas conclusões a respeito.
Nomes
Um leitor lembra alguns nomes para técnico do Glória. Sobre o Amaury (Knevitz, creio) e o Armando Dessessards nada sei, meu amigo. Círio Quadros vinha sendo auxiliar de Guilherme Macuglia no Paraná Clube. Marcelo Rospide está no Porto Alegre, como uma espécie de coordenador. Quanto a Suca, houve uma especulação sobre ele há alguns anos, mas que não se confirmou. De repente, pode ser...
sábado, 26 de novembro de 2011
Técnicos
Paulo Turra, que esteve para assumir o Leão no ano passado, acertou com o Cianorte-PR, onde estava Bagé, recém demitido do também paranaense Arapongas. Bebeto Rosa parece disponível, assim como Tonho Gil, de recente passagem pelo São Paulo, o de Rio Grande. Leocir Dall’Astra, um nome em ascensão nos últimos anos, acertou nesta semana com o Esportivo.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Desanimador
Sei que as definições quanto à direção do Glória só acontecerão em dezembro, e que tudo até lá ficará em suspenso. Mas não deixa de ser desanimador ver os adversários se mexendo, anunciando técnicos, contratando, enquanto o nosso clube fica imobilizado por uma questão eleitoral que poderia estar definida há mais tempo.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Sempre Segundona!
Sim, sei que o nome do campeonato é Divisão de Acesso. Mas também sei que essa nomenclatura já mudou tantas vezes que, francamente, é mais prático seguir chamando a “Segundona” de “Segundona” mesmo...
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Definida a Segundona 2012
Representantes dos clubes da Segundona participaram ontem do Congresso Técnico da competição, realizado na sede da FGF. Entre outros assuntos, ficou definida a fórmula de disputa para 2012. Na primeira fase, as vinte equipes serão divididas em duas chaves. As seis primeiras de cada uma avançam, enquanto as três últimas caem para a Terceirona.
Os classificados à segunda fase formarão dois hexagonais. Os dois primeiros colocados passam para o quadrangular que definirá os dois promovidos ao Gauchão 2013. Como no ano passado, haverá dois jogos finais para determinar o campeão e o vice.
As chaves da Segundona 2012:
CHAVE 1 – Internacional-SM, Riograndense, 14 de Julho, Riopardense, Guarani-VA, Guarany-Cam, Brasil-Pel, Farroupilha, Rio Grande e São Paulo.
CHAVE 2 – GLÓRIA, Porto Alegre, Sapucaiense, Esportivo, Brasil-Far, Passo Fundo, União, Panambi, Santo Ângelo e Juventus.
Os classificados à segunda fase formarão dois hexagonais. Os dois primeiros colocados passam para o quadrangular que definirá os dois promovidos ao Gauchão 2013. Como no ano passado, haverá dois jogos finais para determinar o campeão e o vice.
As chaves da Segundona 2012:
CHAVE 1 – Internacional-SM, Riograndense, 14 de Julho, Riopardense, Guarani-VA, Guarany-Cam, Brasil-Pel, Farroupilha, Rio Grande e São Paulo.
CHAVE 2 – GLÓRIA, Porto Alegre, Sapucaiense, Esportivo, Brasil-Far, Passo Fundo, União, Panambi, Santo Ângelo e Juventus.
Chaves sem surpresas
A composição das chaves não trouxe surpresas em relação ao que já se comentava. A ideia de um decagonal final felizmente não vingou, e teremos uma fase intermediária antes do quadrangular decisivo. Quanto à decisão pelo título, um desgaste a mais no verdadeiro teste de resistência que é a Segundona. Com raras folgas de meio de semana, será difícil administrar elencos em geral reduzidos no intervalo de tantos jogos e viagens sem tempo satisfatório para a recuperação.
E na Chave 2...
Na Chave 2, pelo menos cinco equipes já definiram seus técnicos: Sapucaiense, Juventus, Panambi, Santo Ângelo e União, este último o mais adiantado na formação do elenco. Priorizando as categorias de base, o Porto Alegre não deverá vir com muita força, e o investimento no Brasil-Far será bem menor do que o desta temporada. O Esportivo há pouco definiu sua direção para o próximo ano, quesito em que o Glória ainda patina.
Sotilli segue no PF
Do sempre atento Fábio Martins: Sandro Sotilli anunciou via Twitter a renovação de seu contrato com o Passo Fundo para 2012. “O Glória dormiu no ponto”, segundo o ilustre torcedor.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Comemoração
Informação dada por Elizeu Evangelista no Pioneiro da última terça e ampliada pelo sítio da Rádio Esmeralda nesta quinta: o Glória realizará sua festa de aniversário no domingo, que deverá contar com a participação de algumas das legendas da história do Leão, como Zé Cláudio, Zé Carlos, Juarez e... Sandro Sotilli.
A presença de Sotilli alimenta a especulação quanto a um possível retorno à Avenida Militar em 2012. Porém, eventuais contratações só devem ser confirmadas a partir de dezembro, com a eleição da nova diretoria. Ivar Saraiva, que ao final da Segundona dizia não querer mais a presidência, pode ser reconduzido.
A presença de Sotilli alimenta a especulação quanto a um possível retorno à Avenida Militar em 2012. Porém, eventuais contratações só devem ser confirmadas a partir de dezembro, com a eleição da nova diretoria. Ivar Saraiva, que ao final da Segundona dizia não querer mais a presidência, pode ser reconduzido.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Deus ajuda...
Começar cedo o trabalho não garante, por si, o sucesso. Em 2007, o Glória foi o primeiro a abrir a pré-temporada e o resultado nem é bom lembrar; neste ano, foi dos últimos, e o time superou as expectativas, ao menos na primeira fase.
O êxito em campo depende de vários fatores; o tempo de preparação é um deles. Mas mesmo admitindo que não é um dogma, a história demonstra que as chances de se dar bem crescem com um maior tempo de treinamento. Como diz o ditado, Deus ajuda a quem cedo madruga. Que o Leão acorde logo, então...
O êxito em campo depende de vários fatores; o tempo de preparação é um deles. Mas mesmo admitindo que não é um dogma, a história demonstra que as chances de se dar bem crescem com um maior tempo de treinamento. Como diz o ditado, Deus ajuda a quem cedo madruga. Que o Leão acorde logo, então...
Registros
A imprensa esportiva gaúcha registrou a passagem do aniversário do Leão da Serra. A data foi destacada por Elizeu Evangelista em sua coluna no Pioneiro e também pelo programa Futebol do Interior, da Rádio Guaíba.
Quanto à imprensa vacariense, nada, ao menos na Internet. As páginas das duas rádios que cobrem o futebol silenciaram a respeito, e o próprio sítio do clube parece ter esquecido.
Quanto à imprensa vacariense, nada, ao menos na Internet. As páginas das duas rádios que cobrem o futebol silenciaram a respeito, e o próprio sítio do clube parece ter esquecido.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Parabéns, Glória!
O 15 de novembro não é apenas mais um dia para o torcedor vacariense. Hoje, o Grêmio Esportivo Glória comemora 55 anos de existência, o Jubileu de Ametista de sua trajetória no futebol, iniciada por aquele grupo de jovens esportistas em 1956.
Verdade que a festa poderia ser maior. Partindo para mais uma temporada na Segundona, o clube enfrenta o desafio de retomar as vitórias sob novas premissas. O tempo dos fartos investimentos parece extinto. Hoje, um projeto viável exige planejamento, que deixe de lado o voluntarismo, priorize a formação de atletas e busque uma integração mais sólida com a comunidade. E a construção dessas novas bases não se faz da noite para o dia. Há muito por transformar, e esse processo pode, sim, prolongar nossa provação.
Então, o que resta? Para os indiferentes, muito pouco, talvez. Mas para quem o adora, poucas coisas gratificam tanto quanto ver o uniforme azul e branco entrar no gramado do Altos, em tardes ensolaradas que só os Campos de Cima da Serra parecem saber produzir. Teu futebol é a nossa alegria, Glória! Comemoremos cada gol como se fosse uma vitória, e cada vitória como um título, na luta por novas conquistas! Parabéns, querido Leão da Serra!
Verdade que a festa poderia ser maior. Partindo para mais uma temporada na Segundona, o clube enfrenta o desafio de retomar as vitórias sob novas premissas. O tempo dos fartos investimentos parece extinto. Hoje, um projeto viável exige planejamento, que deixe de lado o voluntarismo, priorize a formação de atletas e busque uma integração mais sólida com a comunidade. E a construção dessas novas bases não se faz da noite para o dia. Há muito por transformar, e esse processo pode, sim, prolongar nossa provação.
Então, o que resta? Para os indiferentes, muito pouco, talvez. Mas para quem o adora, poucas coisas gratificam tanto quanto ver o uniforme azul e branco entrar no gramado do Altos, em tardes ensolaradas que só os Campos de Cima da Serra parecem saber produzir. Teu futebol é a nossa alegria, Glória! Comemoremos cada gol como se fosse uma vitória, e cada vitória como um título, na luta por novas conquistas! Parabéns, querido Leão da Serra!
Os 55 dos 55 (final)
1º) Luiz Carlos Gasperin - 1988-1989
A grande ironia da carreira de Gasperin foi encerrar a carreira no maior rival do Brasil, onde começara. Mas que ironia maravilhosa! Aos 35 anos, o goleiro pensava em pendurar as chuteiras e cuidar da vida em Vacaria. Foi quando recebeu o convite para defender o Leão na Segundona de 1988. Aceitou o desafio e ninguém se arrependeu.
Aliando experiência e segurança, tornou-se a referência na inesquecível campanha que valeu o título da Divisão Especial. Ficou quase 600 minutos sem tomar gol. No jogo que valeu a taça, os 3 a 0 sobre o Ypiranga, defendeu um pênalti ao final da partida. Saiu carregado pela torcida que invadiu o gramado após o apito final.
No ano seguinte, nova missão: garantir a meta na estreia do clube no Gauchão. Gasperin não deixou por menos e novamente foi destaque. Com ele no gol, o Glória conquistou o quarto lugar, feito surpreendente para uma equipe novata. Na noite gelada de 14 de junho de 1989, em Vacaria, no empate em 0 a 0 com o Grêmio, a torcida assistiu à sua despedida não só do clube, mas também da carreira.
Depois disso, dedicou-se à Secretaria de Cultura do município por algum tempo. Mas o futebol falou mais alto e ele começou a carreira de técnico. Dirigiu o Leão em 1991, 1994 e 2003. Não repetiu o sucesso obtido como jogador, mas nem precisava: seu lugar de honra já estava garantido por ser o maior goleiro da história do clube. Foi com essa certeza que se despediu prematuramente da vida em 2010, vitimado pelo câncer.
A grande ironia da carreira de Gasperin foi encerrar a carreira no maior rival do Brasil, onde começara. Mas que ironia maravilhosa! Aos 35 anos, o goleiro pensava em pendurar as chuteiras e cuidar da vida em Vacaria. Foi quando recebeu o convite para defender o Leão na Segundona de 1988. Aceitou o desafio e ninguém se arrependeu.
Aliando experiência e segurança, tornou-se a referência na inesquecível campanha que valeu o título da Divisão Especial. Ficou quase 600 minutos sem tomar gol. No jogo que valeu a taça, os 3 a 0 sobre o Ypiranga, defendeu um pênalti ao final da partida. Saiu carregado pela torcida que invadiu o gramado após o apito final.
No ano seguinte, nova missão: garantir a meta na estreia do clube no Gauchão. Gasperin não deixou por menos e novamente foi destaque. Com ele no gol, o Glória conquistou o quarto lugar, feito surpreendente para uma equipe novata. Na noite gelada de 14 de junho de 1989, em Vacaria, no empate em 0 a 0 com o Grêmio, a torcida assistiu à sua despedida não só do clube, mas também da carreira.
Depois disso, dedicou-se à Secretaria de Cultura do município por algum tempo. Mas o futebol falou mais alto e ele começou a carreira de técnico. Dirigiu o Leão em 1991, 1994 e 2003. Não repetiu o sucesso obtido como jogador, mas nem precisava: seu lugar de honra já estava garantido por ser o maior goleiro da história do clube. Foi com essa certeza que se despediu prematuramente da vida em 2010, vitimado pelo câncer.
sábado, 12 de novembro de 2011
Os 55 dos 55 (LV)
2º) Sandro Carlos Sotilli - 2004
Um cometa chamado Sandro Sotilli cruzou os céus do Altos da Glória em 2004. Tal como acontece com o corpo celeste, a passagem pelo clube foi rápida, mas brilhante. Dono de um oportunismo raro, era jogador consagrado no futebol gaúcho quando chegou a Vacaria. Mas sua história no Leão seria um capítulo à parte.
Sotilli já havia marcado na pré-temporada, mas o gol teimava em não sair no Gauchão. O primeiro só veio no terceiro jogo, nos 2 a 1 sobre o 15 de Novembro, na Avenida Militar. Não parou mais: rodada após rodada, “He-Man” dava testemunho de si. Saiu de seus pés o fim de dez anos sem vitórias sobre o Grêmio. De longe ou de perto, com o pé ou de cabeça, com a bola parada ou rolando, a torcida não cansava de comemorar seus gols e sonhar com o título que parecia, mais do que nunca, uma realidade graças ao seu atacante.
Veio, então, a semifinal contra o Inter no Beira-Rio. Sotilli teve várias oportunidades, mas Clemer levou a melhor. Por isso, e pela arbitragem desastrosa – ou tendenciosa – de Carlos Simon, a decisão foi para a loteria dos pênaltis. A primeira cobrança ficou por conta do artilheiro. Ele errou, o Colorado acertou todas e avançou à final.
Há quem não perdoe Sotilli por aquele pênalti. Talvez esqueça que fez metade dos 54 gols do time no campeonato, o que lhe garantiu a artilharia da competição e a eleição como melhor jogador do Gauchão. Também ignora que detém a melhor média de gols (0,79) e nem lembra que se tornou o maior goleador do clube em uma única partida (todos os da goleada de 4 a 1 sobre o Veranópolis).
É, às vezes, o futebol é muito injusto... Mas desde aquele 2004, a lembrança de seu futebol é uma constante em Vacaria. E a cada começo de temporada, a pergunta se repete: “E o Sotilli, não vem?” Por enquanto, não, mas a vontade manifesta de encerrar a carreira no Leão enche a torcida de esperança em seu retorno. E com ele, gols e mais gols!
Um cometa chamado Sandro Sotilli cruzou os céus do Altos da Glória em 2004. Tal como acontece com o corpo celeste, a passagem pelo clube foi rápida, mas brilhante. Dono de um oportunismo raro, era jogador consagrado no futebol gaúcho quando chegou a Vacaria. Mas sua história no Leão seria um capítulo à parte.
Sotilli já havia marcado na pré-temporada, mas o gol teimava em não sair no Gauchão. O primeiro só veio no terceiro jogo, nos 2 a 1 sobre o 15 de Novembro, na Avenida Militar. Não parou mais: rodada após rodada, “He-Man” dava testemunho de si. Saiu de seus pés o fim de dez anos sem vitórias sobre o Grêmio. De longe ou de perto, com o pé ou de cabeça, com a bola parada ou rolando, a torcida não cansava de comemorar seus gols e sonhar com o título que parecia, mais do que nunca, uma realidade graças ao seu atacante.
Veio, então, a semifinal contra o Inter no Beira-Rio. Sotilli teve várias oportunidades, mas Clemer levou a melhor. Por isso, e pela arbitragem desastrosa – ou tendenciosa – de Carlos Simon, a decisão foi para a loteria dos pênaltis. A primeira cobrança ficou por conta do artilheiro. Ele errou, o Colorado acertou todas e avançou à final.
Há quem não perdoe Sotilli por aquele pênalti. Talvez esqueça que fez metade dos 54 gols do time no campeonato, o que lhe garantiu a artilharia da competição e a eleição como melhor jogador do Gauchão. Também ignora que detém a melhor média de gols (0,79) e nem lembra que se tornou o maior goleador do clube em uma única partida (todos os da goleada de 4 a 1 sobre o Veranópolis).
É, às vezes, o futebol é muito injusto... Mas desde aquele 2004, a lembrança de seu futebol é uma constante em Vacaria. E a cada começo de temporada, a pergunta se repete: “E o Sotilli, não vem?” Por enquanto, não, mas a vontade manifesta de encerrar a carreira no Leão enche a torcida de esperança em seu retorno. E com ele, gols e mais gols!
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Os 55 dos 55 (LIV)
3º) Edmundo Xavier Bicca - 1986-1989
Edmundo levou algum tempo para se consolidar, mas quando aconteceu... Na verdade, poucos tiveram a biografia pessoal confundida com a do clube tanto quanto ele. Jogador e clube cresceram juntos na busca dos objetivos.
No Altos desde 1986, estreou em jogos oficiais fazendo dois gols. Mas o clube ainda se estruturava e não subiu naquele ano e nem em 1987, talvez o mais difícil, quando o atleta começou a ser utilizado com mais frequência na meia, em vez da ponta-esquerda. Embora custasse o lugar na equipe em alguns momentos, o aprendizado valeria a pena.
Em 1988, no título da Segundona, Edmundo começou na reserva, mas logo recuperou a camisa 11. Foi um campeonato difícil, mas, como o clube, o jogador perseverou e seus gols foram decisivos. Como o que abriu a goleada de 3 a 0 sobre o Ypiranga, que valeu a conquista da Divisão Especial. Com Daltro Menezes no comando, o antigo ponta tornava-se, cada vez mais, um meia avançado. Enfim, encontrava o seu lugar.
O 1989 seria ainda melhor. Beneficiado pela companhia de Branco, tornou-se o maior jogador da campanha no Gauchão. Terminou artilheiro do time e um dos melhores do campeonato. Então, veio a hora do adeus: após quatro temporadas no clube, o convite para defender o Inter. Deixava o Altos da Glória com 21 gols e como o atleta que mais vezes atuara pelo clube.
No Beira-Rio, Edmundo recebeu poucas chances e sofreu com a fase ruim do Colorado. Teria novo bom momento no São Luiz, vice da Copa Governador em 1991. Defendia esse mesmo time em 1993, quando, em fevereiro, afogou-se em uma barragem próxima a Ijuí. Seu desaparecimento precoce foi lamentado por todos e mais ainda em Vacaria, onde viveu a melhor fase da carreira e definitivamente fez história.
Edmundo levou algum tempo para se consolidar, mas quando aconteceu... Na verdade, poucos tiveram a biografia pessoal confundida com a do clube tanto quanto ele. Jogador e clube cresceram juntos na busca dos objetivos.
No Altos desde 1986, estreou em jogos oficiais fazendo dois gols. Mas o clube ainda se estruturava e não subiu naquele ano e nem em 1987, talvez o mais difícil, quando o atleta começou a ser utilizado com mais frequência na meia, em vez da ponta-esquerda. Embora custasse o lugar na equipe em alguns momentos, o aprendizado valeria a pena.
Em 1988, no título da Segundona, Edmundo começou na reserva, mas logo recuperou a camisa 11. Foi um campeonato difícil, mas, como o clube, o jogador perseverou e seus gols foram decisivos. Como o que abriu a goleada de 3 a 0 sobre o Ypiranga, que valeu a conquista da Divisão Especial. Com Daltro Menezes no comando, o antigo ponta tornava-se, cada vez mais, um meia avançado. Enfim, encontrava o seu lugar.
O 1989 seria ainda melhor. Beneficiado pela companhia de Branco, tornou-se o maior jogador da campanha no Gauchão. Terminou artilheiro do time e um dos melhores do campeonato. Então, veio a hora do adeus: após quatro temporadas no clube, o convite para defender o Inter. Deixava o Altos da Glória com 21 gols e como o atleta que mais vezes atuara pelo clube.
No Beira-Rio, Edmundo recebeu poucas chances e sofreu com a fase ruim do Colorado. Teria novo bom momento no São Luiz, vice da Copa Governador em 1991. Defendia esse mesmo time em 1993, quando, em fevereiro, afogou-se em uma barragem próxima a Ijuí. Seu desaparecimento precoce foi lamentado por todos e mais ainda em Vacaria, onde viveu a melhor fase da carreira e definitivamente fez história.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Adversários e seus técnicos
A Rádio Guaíba informou que Marcão será o técnico do Sapucaiense. E em se confirmando a intenção do Santo Ângelo de permanecer com Leandro Machado para 2012, no mínimo onze dos times que disputarão a Segundona possuem treinador. Ao que tudo indica, o Sapo e o clube missioneiro serão adversários do Leão na primeira fase.
Perguntinha básica
E o nosso, será anunciado logo, ou teremos a mesma indefinição da última temporada?
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Os 55 dos 55 (LIII)
4º) Zé Cláudio (José Cláudio Duarte) - 1989-1994, 1997 e 1999
Genioso, pavio curto, porra-louca: com maior ou menor precisão, todas essas palavras servem para definir o atacante Zé Cláudio. Agora, que tal se agregássemos outras mais lisonjeiras, como valente, destemido, raçudo, goleador, matador? Elas também fazem justiça ao maior artilheiro do Leão em todos os tempos.
Zé Cláudio foi mais uma peça no grande Glória montado por Daltro Menezes em 1989. Deixou sua marca logo na estreia do Gauchão, contra o Santa Cruz. Faria outros quatro gols e só ficaria atrás de Edmundo naquele campeonato. A Inter-SP se interessou e levou-o para a disputa do Brasileirão. Em 1990, retornaria ao Altos da Glória.
Foi o goleador da temporada em 1993, 1994 e 1999. Em 1993, aliás, marcou dois nos 3 a 1 sobre o Inter em Vacaria, a primeira vitória do Leão sobre a dupla Gre-Nal. No mesmo ano, ultrapassou Ferreira e tornou-se o número um da artilharia, título que ainda mantém.
Em meio a isso, as polêmicas derivadas de sua personalidade pra lá de forte. Há quem garanta que faltou pouco para sair no braço com um dirigente. Em outra ocasião, teria pedido a um torcedor que o apupava para que o esperasse fora do estádio... Não bastasse isso, as expulsões.
E assim foi Zé Cláudio no Glória até 8 de dezembro de 1999, quando, na vitória de 2 a 0 sobre o 15 de Novembro na Militar, marcou um gol e recebeu o cartão vermelho. Epílogo perfeito para o atacante, de 180 partidas oficiais e 54 gols. Pesando prós e contras, constatamos que a balança pende fácil, fácil em seu favor.
Genioso, pavio curto, porra-louca: com maior ou menor precisão, todas essas palavras servem para definir o atacante Zé Cláudio. Agora, que tal se agregássemos outras mais lisonjeiras, como valente, destemido, raçudo, goleador, matador? Elas também fazem justiça ao maior artilheiro do Leão em todos os tempos.
Zé Cláudio foi mais uma peça no grande Glória montado por Daltro Menezes em 1989. Deixou sua marca logo na estreia do Gauchão, contra o Santa Cruz. Faria outros quatro gols e só ficaria atrás de Edmundo naquele campeonato. A Inter-SP se interessou e levou-o para a disputa do Brasileirão. Em 1990, retornaria ao Altos da Glória.
Foi o goleador da temporada em 1993, 1994 e 1999. Em 1993, aliás, marcou dois nos 3 a 1 sobre o Inter em Vacaria, a primeira vitória do Leão sobre a dupla Gre-Nal. No mesmo ano, ultrapassou Ferreira e tornou-se o número um da artilharia, título que ainda mantém.
Em meio a isso, as polêmicas derivadas de sua personalidade pra lá de forte. Há quem garanta que faltou pouco para sair no braço com um dirigente. Em outra ocasião, teria pedido a um torcedor que o apupava para que o esperasse fora do estádio... Não bastasse isso, as expulsões.
E assim foi Zé Cláudio no Glória até 8 de dezembro de 1999, quando, na vitória de 2 a 0 sobre o 15 de Novembro na Militar, marcou um gol e recebeu o cartão vermelho. Epílogo perfeito para o atacante, de 180 partidas oficiais e 54 gols. Pesando prós e contras, constatamos que a balança pende fácil, fácil em seu favor.
sábado, 5 de novembro de 2011
Os 55 dos 55 (LII)
5º) Branco (Nivanor Darós) - 1989 e 1991
Não dava para levar muito a sério: o Glória faria sua primeira temporada no Gauchão e trazia como reforço para a meia um jogador do Pradense, e ainda por cima com 32 anos? Contudo, dentro de campo, Branco provou rapidamente que não era um blefe. Longe disso.
No festejado time de 1989, ele dava o ritmo. Distribuía a bola, ajudava na marcação, cobrava faltas. Os cabelos loiros, quase brancos, pareciam fazê-lo ainda mais velho. Mas quando entrava em ação, a torcida reconhecia seu futebol produtivo. Com Edmundo, formou a mais perfeita dupla de meio-campo já vista em Vacaria. Foram poucos jogos, mas em determinados momentos pareciam juntos desde sempre. O Glória deve muito do quarto lugar daquele ano ao seu desempenho.
Mas o campeonato acabou e o veterano foi embora. Não por muito tempo: em 1991, estava novamente na Avenida Militar, com a mesma qualidade, embora com o fôlego compreensivelmente mais curto. Ainda assim, em um jogo contra o Grêmio, em Vacaria, fez um golaço numa cobrança de falta. Uma despedida em grande estilo. Como grande foi seu futebol com a camisa do Leão.
Não dava para levar muito a sério: o Glória faria sua primeira temporada no Gauchão e trazia como reforço para a meia um jogador do Pradense, e ainda por cima com 32 anos? Contudo, dentro de campo, Branco provou rapidamente que não era um blefe. Longe disso.
No festejado time de 1989, ele dava o ritmo. Distribuía a bola, ajudava na marcação, cobrava faltas. Os cabelos loiros, quase brancos, pareciam fazê-lo ainda mais velho. Mas quando entrava em ação, a torcida reconhecia seu futebol produtivo. Com Edmundo, formou a mais perfeita dupla de meio-campo já vista em Vacaria. Foram poucos jogos, mas em determinados momentos pareciam juntos desde sempre. O Glória deve muito do quarto lugar daquele ano ao seu desempenho.
Mas o campeonato acabou e o veterano foi embora. Não por muito tempo: em 1991, estava novamente na Avenida Militar, com a mesma qualidade, embora com o fôlego compreensivelmente mais curto. Ainda assim, em um jogo contra o Grêmio, em Vacaria, fez um golaço numa cobrança de falta. Uma despedida em grande estilo. Como grande foi seu futebol com a camisa do Leão.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Decagonal
Pelos comentários da praça, a Segundona terá apenas duas fases. Na primeira, dois grupos de dez equipes, as cinco primeiras de cada avançando. Aquelas fases intermediárias, típicas da Divisão de Acesso, não aconteceriam em 2012. Para a próxima edição, haveria a inédita disputa de um decagonal para definir os vencedores.
A menos que a FGF convença os clubes do Gauchão a rebaixar quatro no ano que vem, não é uma boa ideia. Se apenas duas vagas à Primeira Divisão estiverem em jogo, a Segundona poderá ficar desinteressante para muitos times logo nas primeiras rodadas. Um octogonal ou mesmo um hexagonal seriam mais atraentes.
A menos que a FGF convença os clubes do Gauchão a rebaixar quatro no ano que vem, não é uma boa ideia. Se apenas duas vagas à Primeira Divisão estiverem em jogo, a Segundona poderá ficar desinteressante para muitos times logo nas primeiras rodadas. Um octogonal ou mesmo um hexagonal seriam mais atraentes.
Fórmula BloGlória
Pensei no seguinte: na primeira fase, todos contra todos, em turno único. Os oito primeiros avançariam e os seis últimos, rebaixados. Na segunda fase, dois quadrangulares semifinais, de onde sairiam os quatro para a fase decisiva. Para manter o interesse na ponta de cima durante a fase inicial, os melhores colocados ganhariam pontos extras, entrando com vantagem na segunda fase.
Suca, não!
Velho colaborador do BloGlória, o Fábio Martins diz que não gostaria de ver Suca como técnico do Leão. Ele foi opção há alguns anos, mas não passou disso. Recentemente, treinou o Cruzeiro no Brasileiro e na Copa FGF.
Mais um técnico
O Farroupilha anunciou Badico como seu treinador. Com o Fantasma, são pelo menos nove os clubes com técnicos confirmados para a Segundona.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Os 55 dos 55 (LI)
6º) Marcos Toloco (Marcos Jesus de Souza) - 1988, 1990-1991 e 1994-1999
Eu o vi jogar pela primeira vez em um amistoso contra o Brasil-Far, no Altos da Glória, em 1988, em uma quarta ou quinta-feira da Semana Santa. Vencemos por 2 a 1, e francamente não lembro se ele marcou ou não. Mas não esqueço seu estilo característico de correr, projetando a cabeça para frente, muito engraçado! Mas não foi por isso que o atacante Marcos Toloco entrou para a história no Leão da Serra. Longe disso!
Marcos Jesus de Souza desembarcou em Vacaria em 1988, aos 20 anos. Com Zé Carlos e Edmundo, garantiu os gols que levaram o Glória à primeira divisão. Não esteve no elenco no ano seguinte e voltou em 1990, quando o time não se acertou e quase foi rebaixado.
Mas o clube insistiu com ele e não se arrependeu. Em 1994, formou uma parceria histórica com Índio e Zé Cláudio: os três maiores artilheiros do clube atuando juntos. Em 1996, impossível esquecer o gol de cabeça que marcou contra o Inter, em Vacaria, na vitória de 2 a 0 sobre o Colorado.
Toloco também era o jogador das horas difíceis. Em 1998, com o time rebaixado no Gauchão, prestou seus serviços na Copa Abílio dos Reis. A equipe terminou na lanterna, mas Toloco manteve a rotina de goleador. Em 1999, defendeu o clube pela última vez. Marcou 43 gols e é o segundo maior artilheiro do clube; com 201 partidas oficiais, ninguém foi mais Glória do que ele. Nigérrimo, podia ser reconhecido a milhas de distância, mas foi dentro de campo que realmente se fez conhecer e respeitar. Hoje, é pastor evangélico em Ribeirão Preto-SP.
Eu o vi jogar pela primeira vez em um amistoso contra o Brasil-Far, no Altos da Glória, em 1988, em uma quarta ou quinta-feira da Semana Santa. Vencemos por 2 a 1, e francamente não lembro se ele marcou ou não. Mas não esqueço seu estilo característico de correr, projetando a cabeça para frente, muito engraçado! Mas não foi por isso que o atacante Marcos Toloco entrou para a história no Leão da Serra. Longe disso!
Marcos Jesus de Souza desembarcou em Vacaria em 1988, aos 20 anos. Com Zé Carlos e Edmundo, garantiu os gols que levaram o Glória à primeira divisão. Não esteve no elenco no ano seguinte e voltou em 1990, quando o time não se acertou e quase foi rebaixado.
Mas o clube insistiu com ele e não se arrependeu. Em 1994, formou uma parceria histórica com Índio e Zé Cláudio: os três maiores artilheiros do clube atuando juntos. Em 1996, impossível esquecer o gol de cabeça que marcou contra o Inter, em Vacaria, na vitória de 2 a 0 sobre o Colorado.
Toloco também era o jogador das horas difíceis. Em 1998, com o time rebaixado no Gauchão, prestou seus serviços na Copa Abílio dos Reis. A equipe terminou na lanterna, mas Toloco manteve a rotina de goleador. Em 1999, defendeu o clube pela última vez. Marcou 43 gols e é o segundo maior artilheiro do clube; com 201 partidas oficiais, ninguém foi mais Glória do que ele. Nigérrimo, podia ser reconhecido a milhas de distância, mas foi dentro de campo que realmente se fez conhecer e respeitar. Hoje, é pastor evangélico em Ribeirão Preto-SP.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Chimbica no Santa Cruz
O Santa Cruz foi rápido: Vinícius Chimbica, goleador gloriano nesta temporada, defenderá o time dos Plátanos no próximo Campeonato Gaúcho. A informação é do portal Gaz.
Contava com ele na Militar. Não sei se o Glória o tinha em seus planos; em caso afirmativo, é a primeira grande derrota do Leão em 2012, e o ano sequer começou! Mas pode haver um acerto para depois do Gauchão, com o atacante reforçando a equipe na hora mais importante. De qualquer maneira, boa sorte, Vinícius!
Contava com ele na Militar. Não sei se o Glória o tinha em seus planos; em caso afirmativo, é a primeira grande derrota do Leão em 2012, e o ano sequer começou! Mas pode haver um acerto para depois do Gauchão, com o atacante reforçando a equipe na hora mais importante. De qualquer maneira, boa sorte, Vinícius!
PH Marques no Juventus. Leco segue em Rio Pardo
O Juventus acertou com Paulo Henrique Marques para dirigir sua equipe. Por sua vez, o Riopardense confirmou Leco para a próxima temporada. Com isso, são pelo menos oito os clubes com técnicos já definidos para a Segundona 2012.
Os 55 dos 55 (L)
7º) Vladimir Valente Wlaszak - 1989-1994 e 1997
Beira-Rio, março de 1989, jogão de arrepiar entre Inter e Glória. No finalzinho da primeira etapa, escanteio para o Leão. Não recordo quem cobrou, mas jamais esquecerei aquela flecha invadindo a defesa colorada, subindo mais do que todo o mundo e vencendo Taffarel com uma cabeçada que mais parecia um chute. Era Vladimir.
O zagueiro chegou a Vacaria no começo daquele ano, vindo do Juventude. Com apenas 21 anos, rapidamente conquistou lugar na equipe. Em campo, a energia típica do xerifão. Com Juarez, formou uma das maiores duplas de zaga já vistas no Glória. A qualidade na bola alta era uma de suas características mais apreciadas.
Vladimir participou de todas as temporadas do clube entre 1989 e 1994. Estava no time quando das vitórias sobre o Inter, em 1993, e sobre o Grêmio, em 1994, as primeiras diante dessas equipes. Retornou em 1997. Ao fim, 159 partidas pelo Leão e 13 gols, o que lhe garantiu por um bom tempo a artilharia entre os defensores.
Beira-Rio, março de 1989, jogão de arrepiar entre Inter e Glória. No finalzinho da primeira etapa, escanteio para o Leão. Não recordo quem cobrou, mas jamais esquecerei aquela flecha invadindo a defesa colorada, subindo mais do que todo o mundo e vencendo Taffarel com uma cabeçada que mais parecia um chute. Era Vladimir.
O zagueiro chegou a Vacaria no começo daquele ano, vindo do Juventude. Com apenas 21 anos, rapidamente conquistou lugar na equipe. Em campo, a energia típica do xerifão. Com Juarez, formou uma das maiores duplas de zaga já vistas no Glória. A qualidade na bola alta era uma de suas características mais apreciadas.
Vladimir participou de todas as temporadas do clube entre 1989 e 1994. Estava no time quando das vitórias sobre o Inter, em 1993, e sobre o Grêmio, em 1994, as primeiras diante dessas equipes. Retornou em 1997. Ao fim, 159 partidas pelo Leão e 13 gols, o que lhe garantiu por um bom tempo a artilharia entre os defensores.